quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Tesouro do Cangaço: Punhais Cravejados, Talheres de Prata 18, Balança de Pesar ouro e Prata, Uma Doação do Fazendeiro Lidio Dantas Neri da Fazenda Umbuzeirão Ibititá bahia.

ARDÚA VIAGEM DE MAIS DE 400 KM, DE POEIRA E MUITO SOFRIMENTO DE FEIRA DE SANTANA A BARRA DO MENDES, NA MESMA TRILHA QUE FEZ O TENENTE ZÉ RUFINO, NO DIA 23 DE MAIO DE 1940 NA CERTEZA DE ASSASINAR CORISCO,QUE VIAJAVA COM SUA AFILHADA ZEFINHA DE 10 ANOS,  E SUA MULHER DADÁ, E MAIS UM CASAL DE CANGACEIROS,RIO BRANCO E FLORENCIA, QUE VIAJAVAM EM DIREÇÃO A CIDADE DE BOM JESUS DA LAPA-BA... FALANDO DA MINHA VIAGEM A FAZENDA PACHECO EM BARRO ALTO-BA EM BUSCA DE INFORMAÇÃO SOBRE O MASSACRE DE CORISCO,SÓ OBTIVE INFORMAÇÕES DE UM FAZENDEIRO DE BROTAS DE MACAÚBAS, O SENHOR LIDIO DANTAS NERI, HOJE RADICADO NA FAZENDA UMBUZEIRÃO EM IBITITÁ-BA. QUE ME RECEBEU COM UM BELO ALMOÇO REGADO A MUITA FARTURA E MUITA INFORMAÇÃO SOBRE CORISCO E O CAPITÃO LAMARCA. VER-SE FOTOS DA FAMILIA DO SR. LIDIO QUANDO ME MOSTRAVA SUA VACAS DE LEITE,ONDE ELE APARECE AO MEU LADO DENTRO DO CURRAL COM SEUS FILHOS, NETOS, E SEUS VAQUEIROS,COM MUITA GENTILEZA ME EMPRESTOU UM MANSO CAVALO PARA ME TERMINAR A MINHA PESQUISA. ESTE TAMBEM ME PRESENTEOU COM VÁRIAS PEÇAS COMO PUNHAIS CRAVEJADOS TALHERES DE PRATA 18 E UMA VELHA E ANTIGA BALANÇA DE PESAR OURO E PRATA. SEU LIDIO ME DISSE QUE AS PEÇAS PERTENCEU AOS JAGUNÇOS DAS LAVRAS DOS DIAMANTES... PARA ONDE PRETENDIA IR CORISCO E DADÁ DEPOIS DE SUAS PROMESSAS EM BOM JESUS DA LAPA...     A FAZENDA DOS PACHECOS NÃO EXISTE MAIS, NO LUGAR DA CASA DE FARINHA, QUE O FAZENDEIRO JOSÉ PACHECO,  HOSPEDOU OS CASAIS DE CANGACEIROS,  SÓ EXISTE UMA  FEIA VEGETAÇÃO CATINGUEIRA.  A PRIMEIRA FOTO É O RETRATO DA ESTRADA DE IRECÊ A BARRA DO MENDES,FEITA A BORDO DE UM VELHO ÔNIBUS ANO 1974, DA EMPRESA AGUIA DO SERTÃO,ESTE ESTOROU DOIS PNEUS POR CONTA DA ESTRADA DE PÉSSIMA QULIDADE,   LOGO ABAIXO VER-SE A  FOTO DE CORISCO FEITA EM 1936 PELO SÍRIO LIBANÊS BEJAMIM ABRAHÃO BUTTO.    NESTA CASSADA MORTÍFERA O TENENTE ZÉ RUFINO  MATOU CORISCO POR PURA GANÂÇIA AO DINHEIRO, DE FRUTOS DE ROUBOS E SAQUES DAS VOLANTES E DOS CANGACEIROS. O ESTÚPIDO MILITAR SABIA QUE CORISCO VIAJAVA COM MUITO DINHEIRO EM MÃOS. O  CASAL RIO BRANCO E FLORENCIA,  COSEGUIO ESCAPAR COM VIDA  POQUE, TINHAM SAIDO PRA IR LAVAR ROUPA EM UM POVOADO CHAMADO LAGÔA DO SOLDADO, PROXÍMO A BARRA DO MENDES, ESTES SÓ OUVIRAM OS TIROS.   OBSERVAÇÃO CORISCO E OUTROS CANGACEIROS TINHAM SIDO ANISTIADO PELO GOVERNO DA ÉPOCA ( LANDULFO ALVES INTERVENRTOR 1938 A 1942 )  SENDO ASSIM ERAM  HOMENS  LIVRES OU NÃO ???. 
(MATARAM CORISCO EM 26 DE MAIO DE 1940)

Grupo de Xaxado Lampião e Maria Bonita: de Paulo Afonso Sertão da Bahia: Na Semana da Cultura do Municipio Invadem o Espaço Luiz Gonzaga na Vila da Cultura.

Uma variada programação, recheada de cultura, atrações musicais e novidades, está sendo preparada pela Prefeitura de Paulo Afonso, através da Secretaria Municipal de Turismo Cultura e Esporte, para comemorar o 52º aniversário da Cidade.

A grande novidade este ano será a Vila da Cultura, mais uma inovação da Prefeitura que sem dúvida irá atrair grande público, trazendo para a cidade e região um espaço diferenciado e alternativo. Dando continuidade ao sucesso de público e aceitação da Vila do Forró, o local será transformado em uma área alternativa onde será possível conferir as mais variadas exposições de toda a cultura que transpira no município. A Vila da Cultura funcionará no mesmo local da Vila do Forró e para este evento será remodelado e ganhará espaços alternativos para serem expostas amostras da diversidade cultural da região na arte, vídeo, fotografia, além de shows e atrações musicais. O espaço estará aberto ao público a partir do dia 24 de julho e se estende até o dia 28.

Este ano a atração musical de peso que irá encantar os corações apaixonados é o cantor José Augusto, que estará realizando o show com seus grandes sucessos no dia 27 de julho, dentro da programação cultural da cidade. Outras grandes apresentações musicais estarão sendo organizadas para incrementar ainda mais a programação do aniversário da cidade que brevemente será anunciada. No dia 28 acontecerá o tradicional desfile cívico de emancipação.
Para o secretário de Turismo Jânio Soares, a programação objetiva atender todos os públicos. "Estamos trazendo à cidade uma programação cultural, diferenciada, para que todos os públicos de todas as idades possam aproveitar e ter acesso à cultura da nossa região. Assim como foi o São João, estamos priorizando a cultura e as características únicas da nossa tradição. Tenho certeza que o público irá aprovar essa programação", enfatizou o secretário.
Ainda fazendo parte da programação, acontece entre os dias 30 de Julho a 1º de agosto, o Motocross 2010. Além da megaestrutura que será montada pela Prefeitura como palco, pista, camarote e arquibancadas, o evento contará com a presença de pilotos de renome nacional e equipes locais.
Acima Vê-se o Curador do Acervo Museu do Gonzagão, Juntamente com o Grupo de Xaxado: Guilherme Machado.

Cangaceiros Urbanos e Suburbanos, Invadem a Vaquejada da Cidade de Serrinha, no Sertão da Bahia, Apoiados por Empresários e Politicos.Todos em um só Dilema, Cultura Popular Nordestina ou Não?



O portal do Cangaço de Serrinha, Participa Das Festas Tradicionais e Culturais da Região do Sisal. Todos os Anos na Famosa Vaquejada de Serrinha, O Grupo de Cangaceiros do Maracatu Atômico,Desfila com os Seus Participantes Trajados  a Rigor.  O Grupo Foi Formado em 19-7-2009, Com o Intuito de Resgatar a Tradição da  Cultura Nordestina e Seus Personagens,a Exemplo de: Virgulino Lampião, Luiz Gonzaga, Antonio Beato Conselheiro, os Vaqueiros Sertanejos, Cavalgadas nas Missas dos Vaqueiros e Muitos Outros Folguedos. O Gupo de Cangaceiros do Maracatu Atômico Tem Como Apoio o Espaço Cultural Museu Particular do Gonzagão de Serrinha... Acima Vê-se Personagens da Politica e do Poder, a Exemplos de: Osni Cardoso Atual Prefeito de Serrinha, Tania Lomes Ex-Prefeita, Claudionor Ferreira Ex-Prefeito, Vardinho Serra: Empresário Dono do Parque de Vaquejada Maria do Carmo. O Vereador Ernesto Ferreira  “in Memoria” Tambem Aparece Montado.Todos em Nome da Cultura ou Não?
   

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Empresário da Cidade de Jeremoabo Bahia. em Visita ao Portal do Cangaço de Serrinha: Rubens Santana o Popular Rubinho.

Rubens Santana (Rubinho) Da Cidade de Jeremoabo Bahia...  Bem Sucedido Empresário do Ramo de Combustiveis, Radicado Hoje na Cidade de Camaçari Bahia.   Juntamente Com um Grupo de  Amigos,  Rubinho Visita o Portal do Cangaço e Fica Impressionado Com o Que Vê... Saudosamente Rubinho Fala da Sua Infançia na Cidade de Jeremoabo, Onde Foram Presos Vários Cangaceiros: Volta Seca, Corisco e Dadá, Labareda (Angelo Roque)  Rio Branco, e Muitos Outros. Convessamos Muito Sobre a Fortuna Acumulada do Cassador de Cangaceiros.  O Tenente Zé Rufino Que Morou em Jeremoabo Até a Morte,  na Qualidade de Coronel Zé Rufino. 

Pesquisador Motociclista do Grupo Solitário do Asfalto, de Araras São Paulo: O Imprador Solitário Nero! em Visita ao Portal do Cangaço de Serrinha Juntamente Com Gupos de Amigos.

Ilustre Visita, do Pesquisador e Motociclista do Grupo de Motoqueiros Solitários do Asfalto,  da Cidade de Araras São Paulo. Nero Solitário! Juntamente Com sua Esposa e um Pequeno Grupo de Amigos Nordestinos,  Aposentado o Imperador Nero, Vive Pecorrendo Várias Cidades do Brasil a Bordo de Sua Harley Davidson Enorme, Juntamente Com a Sua Esposa.  Acima Vê-se  Fotos de Guilherme e Nero Solitário, Mais Abaixo Fotos da Esquerda Para a Direita,  Nero, Esposa de Nero, Doutor Bira, Karla Esposa de Bira, Por Último o Empresário da Cidade de Jeremoabo Hoje Radicado na Cidade de Cmaçari, Rubens Santana ( Rubinho ) Mais Abaixo Simbolo do Motoclube Solitários do Asfalto, Vê-se o Cartão de Visita do Imperador Nero. 

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Grande Empresário Engana Lampião, e Quase Lhe Vende o Pão. Foi na Serra do Machado em Ribeirópolis no Estado de Sergipe no Ano de 1935.

Minha intenção é focalizar passagens da história de Mamede Paes Mendonça, filho de Elisiário e Maria da Conceição, proprietários de um sítio em Serra do Machado, Distrito de Ribeirópolis-SE. Quando criança, quebrou um braço, passou a estudar e a ser feirante, vendendo o que o sítio produzia.
Seu primeiro investimento foi uma padaria.no Ano de 1935, na Serra do Machado no Municipio de Ribeirópolis Sergipe.   Numa madrugada, recebeu Lampião que levou toda a produção de pães. Com sua simplicidade seu Mamede conquistou Lampião, levando-o até a querer pagar. Com sua visão logo foi empresário em Itabaiana, Aracaju, Salvador, expandindo para São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. .. Grande História de um Grande Homem, Que Com Muita Sabedoria Sobre Contornar o Temivel Lampião.

Em N.Sra. das Dores no Estado de Sergipe... Veja os Severos Castigos Aplicados Por Lampião e Seu Grupo. A Traidores e a Macacos de Volante e Tambem a Muita Gente Inocente, Castração e Ferraduras e Até Mesmo a Pequenos Agricultores e Vaqueiros de Todo o Sertão.




Os  Severos Castigos Aplicados Por Lampião e Seu Grupo.  A  Traidores e a Macacos de Volante Castração e Ferraduras e Até Mesmo   de Pequenos Agricultores e Pobres Vaqueiros e Pobres Pai de Famila...  O Cidadão Que Aparece Mostrando Suas Partes Intimas É Pedro José Dos Santos ( Pedro Batatinha ) de 22 Anos.  Que Foi Capado Por Tres Cangaceiros de Lampião os Irmãos, Fortaleza e Cajueiro e o Cangaceiro Cordão de Ouro.  No Estado de  Sergipe.Exatamente na Pequena Cidade de Nossa Senhora Das Dores.   Ainda me Pergunto,  Qual o Motivo Para Tão Duro Castigo,  Neste Pobre Miséravel, Foto Acima!


De Capela, o bando de Lampião seguiu para Aquidabã. Em Dores fez uma boa "arrecadação". Fala-se que a extorsão rendera uma considerável quantia, que, segundo os mais diversos depoimentos, varia entre 3:000$000 (três contos de réis) e 25:000$000 (vinte e cinco contos de réis), como já foi dito. São dizeres dos populares, sem comprovação.
José Anderson Nascimento, por exemplo, que muito conversou com um dorense, Rivadávia Brito Bonfim (08.02.1920-18.09.1991), que, à época, era uma criança de 9 anos de idade e, como outras crianças, estivera no cenário da "visita" de Lampião era filho do Intendente Manoel Leônidas, diz que a "coleta" rendera "dois contos, cento e oitenta e hum mil réis" (1996, p. 205). Vera Ferreira, neta legítima de Lampião, e Antônio Amaury afirmam, sem, contudo, citarem fontes, que a extorsão em Dores rendera "quatro contos e quinhentos mil réis, num procedimento que alguém chamou de "saque elegante"" (1999, p. 174). Como visto, há quem fale em dois, três, quatro, cinco, dez contos de réis e por aí à fora. Os valores citados são os mais díspares possíveis. Quem irá saber?
No depoimento anteriormente referido, Afonso Rodrigues Vieira, que fora, durante muitas décadas, um dos mais prósperos e probos comerciantes dorenses, no ramo de tecidos, e, em 1929, contava com 26 anos de idade, prestou, ao autor deste artigo, o seguinte depoimento: "Cada um dos cinco homens chamados por Lampião teve de dar-lhe três contos de réis, enquanto o Padre Marinho e o Intendente, de posse de uma lista, arrecadaram outros dez contos de réis". A coleta foi confirmada por Pedro Vieira Teles, que, contudo, não mencionou quantias. Tomando a versão de Afonso, teriam sido coletados, então, vinte e cinco contos de réis. Parece uma quantia por demais vultuosa para ser extorquida numa cidade como Dores, naquela época, embora fosse uma cidade próspera, com muitas usinas de beneficiar algodão, além de ser um dos municípios que produziam o melhor algodão de Sergipe, como atestam os mais diversos escritos, em livros e jornais, desde o fim do século XIX até a década de 1940, quando o algodão definharia para dar lugar ao gado bovino, que voltaria a ser a base da economia dorense, até os dias de hoje. Acima de tudo, era dia de feira e estava-se no meio da tarde, o que teria facilitado a extorsão.
Entretanto, o que deve ser analisado, de antemão, é o seguinte: considerando que Lampião surrupiou três contos de réis, como disse o Cel. Figueiredo, sendo esta a menor quantia de que ainda hoje se fala em Dores (ressalvada a citada por NASCIMENTO), ele roubou do povo dorense, no mínimo, o equivalente a quase 10% (dez por cento) da receita orçamentária da Intendência Municipal de Nossa Senhora das Dores daquele ano, estimada em pouco mais de 30:000$000 (trinta contos de réis). Era, de qualquer forma, muito dinheiro, até mesmo para uma cidade que possuía uma dezena de usinas de beneficiar algodão. E era famosa pelo algodão de boa qualidade que plantava e colhia.
Em Capela, segundo Ranulfo Prata (Ob. cit. p. 87) Lampião, ao fazer um pagamento, deixara à mostra "várias notas de 500$000 (quinhentos mil réis), gabando-se que com ele levava três coisas: coragem, dinheiro e bala. Mas também na "Princesa dos Tabuleiros" o bandoleiro exigira a sua "bolsa", inicialmente estipulada em 20 contos de réis, mas "contentando-se depois com o que foi conseguido, 5 contos e pouco" (PRATA, Ob. cit., p. 86). Fala-se também em seis contos de réis.

Um dos crimes recorrentes de Lampião era exatamente o saque. Ranulfo Prata afirma que o bandoleiro costumava carregar o produto dos saques numa mochila "papo de ema", onde só guardava "dinheiro em cédulas de números graúdos, bem acamadas, cabedal que atinge, nos tempos de boas colheitas, 70 a 80 contos" (s/d, p. 29). Passada a "visita" de Lampião, a Intendência Municipal de Nossa Senhora das Dores (Prefeitura, de hoje) contratou homens armados para fazerem a defesa da cidade, que se postavam nas principais entradas. Eram as "trincheiras", assim chamadas. Uma delas ficava na esquina da Rua Edézio Vieira de Melo com a Rua Benjamin Constant, comandada por um tal Batista. E o chefe de outra delas era José Raimundo, pai de Elpídio sobre quem se falará adiante.
Há, inclusive, registros de folhas de pagamento de algumas dessas pessoas, embora datadas de 1932, quando já era Intendente Municipal Raul Silveira. Numa dessas folhas (de 8 de agosto daquele ano) constam os nomes de Enock Menezes Campos, Pedro Francisco Dantas, Antônio Pedro Santos, Brasilino Vieira, Ludugero, João Andrade e Arnaldo Gomes, como "pessoal no serviço de defesa da cidade, em repressão ao banditismo nesta semana finda". Cada um ganhava diária de 1$500 (mil e quinhentos réis), exceto Ludugero, que recebia diária de 3$000 (três mil réis), devendo ser, à época, o chefe. Noutra folha, de 14 de novembro de 1932, consta apenas o nome de Zeca de Bem Dona, como "pessoal da patrulha em auxílio à força aqui aquartelada nesta semana finda". Pelo teor do escrito na folha, é de supor que havia outros nomes, pois se faz menção "ao pessoal da patrulha". Claro, não seria apenas uma pessoa a formar a patrulha aludida. Outras folhas de pagamento não foram encontradas, lamentavelmente. Todavia, registra-se, em 10 de agosto de 1932, a autorização de pagamento da quantia de 188$000 (cento e oitenta e oito mil réis), referente a "passagens desta cidade a de Capela para a Força Pública do Estado e para o 28 BC". Estariam essas forças militares dando caça aos cangaceiros? Nessa época, entrementes, não se tem notícia de Lampião por estas bandas.
Voltemos, agora, a 1930, ou seja, à segunda passagem de Lampião por Dores, quando ele matou José Elpídio dos Santos, daí resultando o único processo criminal aberto contra Lampião em Sergipe.
Era 15 de outubro. Desta feita, Lampião fizera o caminho inverso: Aquidabã, Capela e Dores. A segunda passagem do bando de facínoras não foi mais pacífica. Batido por populares em Capela, após várias atrocidades cometidas em terras de Aquidabã e propriedades encontradas pelo caminho, incluindo-se alguns assassinatos, como relata Ranulfo Prata (Ob. cit., p. 94-95), Lampião tomara o rumo de Dores, onde as trincheiras o aguardavam. Precisa deve ter sido a mensagem do telégrafo enviada por Capela, relatando os sucessos daquele dia. Disso ele sabia muito bem, pois tinha uma eficiente rede de informações. E tanto assim era que, chegando ao subúrbio Cruzeiro das Moças, por volta das oito horas da noite, e temendo reação idêntica à de Capela, dirigiu-se à casa de Elpídio, perguntando-lhe: "Você não é Elpídio, filho de José Raimundo das trincheiras? Vamos já, me mostre onde ele está e quanta gente tem nas trincheiras". É de notar que Lampião fora direto para a casa do filho de um dos chefes dos guardiões da cidade, José Raimundo, também conhecido por "Zé Fateiro", pois vendia fato de boi fresco na feira da cidade, conforme depoimento de Pedro Vieira Teles.
Como Lampião soubera que ali residia quem lhe interessava? Por isso foi dito que a rede de informações de que ele dispunha era eficiente. A conversa de Lampião acima transcrita consta do depoimento prestado pela viúva de Elpídio, Maria da Conceição, também conhecida por Clemência, nos autos do processo mencionado. Pelo que consta do citado processo, o bando de Lampião, desta vez, dobrara, em relação ao que estivera em Dores no ano anterior: eram 18 cangaceiros. A partir daquele momento, os fatos que se seguiriam foram, em resumo, os seguintes:
1. Seqüestrou Elpídio, amarrando-o em um dos cavalos que serviam de montaria ao bando.
2 Adiante, rumando pelas cercanias da cidade, seqüestrou Antônio da Silva Leite, que encontraram no caminho, temendo, claro, que ele delatasse o bando. Antônio escapou das garras dos bandidos na bodega de Santo.
3 Saqueou a bodega de Manoel Martins Xavier (Santo Bodegueiro), que não se encontrava em casa, e seqüestrou sua mulher, Sergina Maria de Jesus, também conhecida por Constância, deixando os seus filhos pequenos sozinhos, sem os cuidados maternos.
4 Seqüestrou Pompílio da Silva, que se dirigia à cidade para comprar querosene, mas que conseguiu fugir, na fazenda Candeal, enquanto o bando ali dormia.
5 Dormiu com a mulher de Santo (o braço dela amarrado na perna dele). Lampião e Sergina dormiram no mandiocal, enquanto os cabras dormiram na beira da estrada, segundo depoimento dela, nos autos do processo.
6 Na madrugada de 16 de outubro, matou Elpídio e mandou Sergina voltar para casa. No laudo de corpo cadavérico, consta que o corpo da vítima estava perfurado a balas, e havia, ainda, um "rendilhado" de punhal. Os dedos das mãos, sob as unhas, estavam perfurados e a barba estava queimada. Ou seja, Lampião e seu bando torturaram Elpídio, antes de matá-lo, com requintes da maior crueldade e covardia. A vítima morreu, mas não delatou seu pai e os que se encontravam com ele, na defesa da cidade. Um homem de coragem.
Coragem que Lampião não demonstrou, pois não teve tutano para entrar na cidade, preferindo, assim, assassinar o pobre Elpídio, num ato típico dos covardes.
Aliás, no depoimento prestado por Pompílio da Silva, nos autos do processo, foi dito que "a vítima deste processo ia na frente do grupo sinistro, sendo que a vítima ia amarrada pelo pescoço do cavalo em que ia montado um dos cabras" e que "ia calado, nu da cintura para cima, com a cabeça descoberta, parecendo com um mártir".
7 Seqüestrou o vaqueiro Jason Teixeira de Vasconcelos, na fazenda Candeal, para mostrar ao bando a casa de um tal Janjão, no caminho para o povoado Taboca. Jason foi solto logo depois, a pedido. E Janjão conduziu o bando ao povoado.
8 Saqueou, na Taboca, as bodegas de José Gomes e da viúva do finado Cezário, espancando-a, pois esta não tinha dinheiro para lhe dar.
9 Matou um pobre rapaz, que era alienado mental, na saída da Taboca. Dito rapaz teria mexido com o cavalo de Lampião, segundo dizem. No processo, há menção a essa morte, mas não se abriu inquérito por conta desse outro bárbaro assassinato. Por que? Por tratar-se de um pobre alienado mental, morador de um pequeno povoado?

10 Castrou Pedro José dos Santos, vulgo Pedro Batatinha, que vinha da Malhada dos Negros, a fim de arrancar um dente, em Dores, que não lhe deixava trabalhar há dias. Chegando no povoado Tabocas, Batatinha ouvira dois disparos. Era o assassinato do alienado mental.
Ranulfo Prata relata o ocorrido, segundo depoimento que lhe prestara o próprio Pedro Batatinha: Prosseguindo, encontrou o bando de Lampião cercando o cadáver de um homem que acabava de ser assassinado naquela horinha. Foi logo cercado e revistado, tomando-lhe a quantia de 20$000, único dinheiro que trazia. Obrigaram-no, em seguida, a voltar com eles, e ao chegarem ao povoado "Cachoeira do Tambory" [na verdade, Lagoa dos Tamboris], apearam-se todos dispersando-se pelas casas da povoação e ficando ele, Batatinha, preso entre dois do bando, no terreiro da casa de Sinhosinho, casado com uma sua prima, onde fora Lampião sentar-se em um tamborete, na saleta da frente, à espera de um café que mandara fazer. Os dois bandidos começaram, então a surrá-lo a chicote de três pernas, ambos ao mesmo tempo, sem motivo, sem quê nem pr"a quê. Empolgou-se de tamanho terror que não sentiu dores.
Após a sova, eis que chega um terceiro, de apelido "Cordão de Ouro". Ordena-lhe que descesse as calças e, segurando-lhe os dois testículos, cortou-os de um só golpe, atirando-os fora, debaixo das gargalhadas e chacotas dos companheiros. Disse-lhe o facínora:
- Quem lhe fez isto foi "Cordão de Ouro", é a lei que manda e tenho feito em muitos.
Lampião, calado, assistiu à cena, perguntando, depois, ao castrador:
- Corto tudo?
- Não, respondeu-lhe este. Deixei o resto porque o rapaz é novo (Ob. cit., p. 97-98). Encurtando a história, que é longa, os bandidos ainda deram pontapés e pranchadas de punhal em Batatinha. Lampião ao montar, aproximou-se dele, sacou do punhal e cortou-lhe um pedaço da orelha esquerda, acrescentando:
- É um garoto que precisa sê marcado, p"ra eu conhecê quando encontrá.
E voltando-se para as pessoas presentes, preveniu-lhes:
- Vocês trate do rapais senão quando eu passá aqui arrazo cum vocêis todo (PRATA, Ob. cit., p. 98). Batatinha, enfim, fora socorrido pelo Dr. Belmiro Leite, em Aracaju. Escapou e, segundo informações colhidas, morreu, na década de 1990, em São Paulo. Além de Ranulfo Prata, alguns autores que escreveram sobre Lampião registraram o fato da capação de Batatinha. O autor fecha o episódio narrado em seu livro da seguinte maneira; Ao lado de todas estas tragédias, a nota burlesca: Depois de ouvirmos o pobre Pedro e fotografá-lo, conversamos também com um dos seus irmãos, que nos informou na sua linguagem pitoresca de tabaréu malicioso:
- Pedro casou, ta gordinho que nem "bicho de dicuri", e sem bigode. Penso que ele não dá conta do matrimonho; regula duas muié numa cama... (Ob. cit., p. 98).
Foi apenas isso que Lampião praticou em Dores, entre 15 e 16 de outubro de 1930. Ou seja, pouquinha coisa... Quase nada... Pensando bem: "nadica de nada!". Sujeito bom, Lampião. De finíssimo trato!
Com relação ao processo, o mesmo foi resultado do inquérito policial instaurado pela Portaria de 16 de outubro de 1930, pelo Delegado Antônio Paes de Araújo Costa. Funcionou como escrivão Petronilho Menezes Cotias (pai de Paulo Bonfim e avô de Jorge Américo); como Promotor Adjunto, atuou Artur Dias de Andrade, genitor de José Barreto de Andrade, antigo e conceituado comerciante em Aracaju, tendo aquele apresentado a respectiva Denúncia em 19 de dezembro de 1931; como Juiz Municipal do Termo de Nossa Senhora das Dores, funcionou Nicanor Oliveira Leal, que seria, tempos depois, Desembargador, e que tinha larga parentela em Dores, sendo primo, por exemplo, de Maria Lídia de Afonso. Mais tarde, funcionaria no processo, como Promotor Público, o Dr. Joel Macieira Aguiar, que também se tornaria Desembargador, e que às fls. 37 dos autos deixou esta mensagem: "Seja-me, pois, permitido, como Promotor Público da 6ª Comarca, com sede em Capela, deixar nestes autos os meus aplausos à justiça do termo de Dores por ter instaurado processo contra o grande bandido Virgulino Ferreira". Não será custoso lembrar que, pela organização judiciária de Sergipe, na década de 1930 Dores estava ligada à Comarca de Capela. Formidável, sem dúvida, é a certidão passada pelo Oficial de Justiça Januário Bispo de Menezes, pai da saudosa funcionária pública municipal, Maria Nicolina de Menezes, a popular Nicola, em 26 de dezembro de 1931, que diz:
Certifico que, em cumprimento do mandado retro, fui ao Sítio Assenço, deste termo e, nesta cidade, intimei todas as testemunhas constantes do mesmo mandado. Ficaram todas bem cientes, deixando de intimar o denunciado de folhas, Virgulino Ferreira, conhecido por Lampião, por não ter, graças a Deus, visitado esta cidade aquela indesejável fera. O referido é verdade, do que dou fé.
Enquanto, em Nossa Senhora das Dores, a população amanhecia estarrecida com a morte brutal de Elpídio, na manhã daquele dia 16 de outubro de 1930, a situação política fervia em Aracaju. Ariosvaldo Figueiredo relata: "Às 6 horas da manhã de 16/10/1930 avião sobrevoa Aracaju, deixa cair Manifesto de Juarez Távora, intitulado "Aos briosos camaradas do 28 BC e ao heróico povo da nobre terra de Tobias Barreto"" (Ob. cit., p. 205).
Ibarê Dantas registra: "Depois que um avião, na manhã do dia 16.10.30, distribuiu em Aracaju manifestos dando conta do avanço das forças revolucionárias, provenientes do Norte, em direção à capital, o Presidente do Estado fugiu e o capitão Aristides Prado, de acordo com Juarez Távora, empossava o tenente-médico Eronides de Carvalho como Governador Provisório do Estado de Sergipe" (1983, p. 46).
Nossa Senhora das Dores perderia a oportunidade de ter um dos seus filhos, Chico Porto, governando os destinos de Sergipe. E ficaria, naquele fatídico 16 de outubro, de enterrar outros dois dos seus filhos, José Elpídio dos Santos e o rapaz da Taboca, cujo nome não se registra, barbaramente assassinados pelo "Capitão" Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, o decantado "Rei do Cangaço", e seu bando sinistro. Mas, capitão ou rei, cangaceiro é cangaceiro, bandido é sempre bandido. É uma pena que não se tenha dado a uma rua do, hoje, bairro Cruzeiro das Moças, o nome de Elpídio, que morreu sem trair a sua cidade. Há pessoa mais digna do que ele para ser lembrado para sempre pelos dorenses? Mas, é bem verdade que Elpídio não era doutor, nem um homem ilustrado ou rico. Não era da Praça da Matriz, nem do Calçadão da Getúlio Vargas, etc. Alguém o conhecia? Era apenas um homem simples do povo.
E um homem simples do povo, na visão caolha das chamadas "elites dominantes" (?), não deve merecer ter o seu nome gravado numa rua. A hipocrisia das pessoas é uma estupidez sem tamanho! Espero que, agora, algum dos nossos vereadores possa lembrar de José Elpídio dos Santos. Ele foi, sem nenhum favor, um ilustre filho de Nossa Senhora das Dores, que, diante do tenebroso Lampião, não se acovardou, não traiu a sua cidade e os seus. Quantos mais fariam isso? Assim, viva Elpídio!
José Lima Santana
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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Antiga Fotografia de Uma Volante Formada Por Garotos de 15 A 16 Anos: Em Nazaré do Pico, Para Combater Lampião em 1923.Será Policia ou Cangaceiros! Arquivo do Major Optato Gueiros.

Nazaré do Pico é um pequeno povoado encravado no sertão de Pernambuco. Do pequeno lugarejo localizado nas proximidades de Serra Talhada, mas pertencente ao município de Floresta, saíram os mais ferrenhos perseguidores de Lampião, dentre eles: Odilon Flor, Euclides Flor, Gomes Jurubeba, João Gomes Jurubeba, Davi Jurubeba, Enoque Menezes, João Gomes de Lira; e talvez o mais famoso deles, Manoel Neto que chegaria ao posto de coronel da policia pernambucana. A intriga entre os Ferreiras e os Nazarenos, surgiu no começo da vida errante de Virgulino Ferreira, o futuro Lampião, só tendo final com sua morte, apesar de não ser nem um Nazareno o autor da proeza Mas Virgulino Ferreira, defendeu Nazaré, isto ocorreu nos idos de l9l9, era dia de feira no pequeno arruado, o lugarejo estava movimentado com a venda de carne de bode, frutas, artefatos de couro e outras coisas típicas das feiras nordestinas. Sem ninguém esperar o povoado foi invadido por cangaceiros, comandados por Cindário das Piranhas, todos armados, com seus longos punhais ameaçando os feirantes e a população do lugar. Os lideres do povoado tomaram para si, como não poderia deixar de ser a incumbência de defender o lugar, reuniram-se numa casa ainda em construção para tomar as deliberações para a defesa. Os cangaceiros notando o movimento estranho naquela casa se dirigiram pra lá, encontrando os Nazarenos, Euclides e Manuel Flor, Cícero Freire e Enoque Menezes, os ânimos se exaltaram, cangaceiros e defensores do lugar, apontam as armas uns aos outros, a tensão é grande, Gomes Jurubeba quebra o silêncio, e pergunta quem é o chefe do grupo, Cindário responde de ponto, Gomes pede que se retirem de Nazaré, argumenta que o povoado era novo, não era lugar para cangaceiro Cindário diz pra Jurubeba se calar, se não morreria naquele instante, Gomes Jurubeba responde que poderia até morrer, mas um levaria com ele Virgolino estava na feira e percebendo a cena de longe, chegando sorrateiramente para ter certeza do que estava acontecendo, grita: “êta é cangaceiro”, e corre para o local, quando chega é impedido de entrar na casa, ficando bufando de ódio, mas gritando para os Nazarenos não terem medo que ele estava lá fora para o que der e vier. Cindário, cangaceiro experiente e astuto, vendo que a resistência estava se formando, e que o povo daquele lugar, não era de brincadeira, tratou de reunir seu pessoal e bateu em retirada, mas jurando voltar a Nazaré para ajustar as contas. Virgolino Ferreira, naquele dia ficou ao lado dos Nazarenos, valentes guerreiros que em pouco tempo iriam lhe impor uma perseguição que duraria anos, até sua morte na fazenda Angico.
(*) Por Angelo Osmiro Barreto - Pesquisador/Cangaço e Presidente da SBEC

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Escritor e Pesquisador João de Souza Lima: Patrocina Visita, a Residencia da Ex-Cangaceira Auristéia, em Companhia dos Amigos Guilherme Machado e Manoel Messias (Gleguinho do Subaé) em Jardim Cordeiro Pov. de Delmiro Goveia Al.

Auristéia Soares de Lima, Nasceu no dia 23 de Junho de 1916, Dia de São João na Fazenda Lajeiro Dos Bois no Povoado Copiá da Igreginha, no Municipio de Canapi Alagôas. Fiz Uma Linda Visita a Dona Auristéia em Sua Residencia no Povoado de Jardim Cordeiro,no Municipio de Delmiro Alagôas, Visita Patrocinada Pelo Amigo Irmão, João de Souza Lima. A Visita Aconteceu no Dia 19 de Março de 2007.  O Bate Papo Com Dona Auritéia Foi Muito Propicio Para Mim, Atraves da Ex-Cangaceira Descobri a Origem do Avô da Minha Espôsa o Cangaceiro João Vital "Tempestade" Dona Auristéia me Falou de Sua Prisão em Santana do Ipanema Al. em 1939, e Tambem da Morte da Sua Irmã Mais Velha, Eleonora,  Que Foi Decaptada Juntamente Com Mais Dois Cangaceiros, Ameaça e Serra Branca, Marido de Eleonora. Assasinados Pelo Tenente Alagoano João Bezerra... Perguntei a Cangaceira se Ela Tinha Conhecido Lampião e Ela me Respondeu Que Não,  Só vi o Capitão Quando já Estava Morto? Quando e Como Perguntei, e Ela Lucidamente me Respondeu Foi Quando eu Estava Presa Um Macaco Soldado de Volante Que Não me Lembro o Nome, Chegou Com Uma Lata de Querosene Com as Duas Cabêças de Lampião e Maria Bonita. Segundo Dona Auristéia o Troglodita do Soldado Entrou Cadeia Adentro Berrando, Olhe Aqui Rapariaga se Você Não Estivesse ai Prêsa Este Tambem Seria o Seu Fim. Confesso Que Fiquei Horrorizado Com o Dilema Desta Simpática Senhora de 99 Anos de Idade.Fotos Acima Aparecem Dona Auristéia, João de Souza Lima, Guilherme Machado e Galeguinho do Subaé.

Professor Antropólogo e Historiador Bahiano Edson Argôlo: Em Sua Tournee Nordestina Passa uma Manhã Interinha no Portal do Cangaço da Bahia.

O Historiador Edson Argôlo, em Sua Tournee Nordestina Faz Uma Longa e Demorada Visita ao Portal do Cangaço de Serrinha. Anônimo, Edson me Contou Que Perambulou Quase Todo o Centro da Cidade a Procura de Informação do Acervo, e Não Obtêve Sequer Uma só Informação. Salvo Conduta de Uma Lan house, que o Informou Que o Procurasse, a Eletrônica Videotran do Meu Amigo Zelito. O Teimôso e Bom Papai Noel Edson, Saiu em Busca da Videotran e o Encontorou. E Assim Conseguiu Chegar ao Museu. Já Chegou se Queixando do Descaso do Poder Publico Pela Falta de Informe Turistico. O Professor me Falou Que em Recife, Maceió, Aracaju de Onde Ele Veio Para Serrinha as Pessôas Confirmava a Existencia do Acervo de Serrinha. Levou um Susto Pela Densiformação do Povo da Cidade. De Uma Cidade de Quase Oitenta Mil Abitantes... Depois do Almoço e da Varredura, que Fizemos Nas Vidas de Luiz Gonzaga, Lampião e Padre Roberto Landell de Moura o Padre Brasileiro Inventor do Rádio Comunicador, fomos Conhecer, a Bela e Maltratada Serrinha. Passsamos no Piemonte da Santa, Nossa Senhora Santana, Passamos na Antiga Estação da Leste Brasileira, Passamos Pelo Mercado de Arte, e Por Fim Nas Maltratadas Praças do Centro de Serrinha. Acima Vê-se Guilherme Machado, Luiz Carlos Argôlo Irmão do Professor Edson, de Cabelos e Barba Branca.

Ilustre Visita de Vera Ferreira Neta de Lampião e Maria Bonita: Ao Portal do Cangaço de Serrinha. Onde Vera me Contou, Quem Foi os Seus Avos, Lampião e Maria Bonita. Afirma! Vera: Neta Com Muito Orgulho e Muito Amor.

Vera Ferreira - Neta de Lampião e Maria Bonita
     Vera Ferreira construiu sua própria história, independente de ser neta de Lampião e Maria Bonita. Foi a primeira cinegrafista mulher a empunhar uma câmera no Brasil, criou reboliço no Senado Nacional...
     Vera Ferreira construiu sua própria história, independente de ser neta de Lampião e Maria Bonita. Foi a primeira cinegrafista mulher a empunhar uma câmera no Brasil, criou reboliço no Senado Nacional e hoje leva, no peito e na raça, o projeto de manter vivo esse momento tão importante da história do Brasil que foi o cangaço. Mas também o que se poderia esperar dessa que é da "raça de Lampião" e tem como avó uma mulher que é exemplo da força feminina... RAÇA DE LAMPIÃO! Quando éramos crianças, ninguém chegava perto da gente. Só brincavamos com os nossos primos... Para as pessoas nós éramos "raça de Lampião" e vivíamos assim. Minha mãe teve quatro filhos, Dejair, Vera, Gleuse Meire e Iza Cristina, além de três bisnetas que são karla que faz faculdade em São Paulo, Cleudi que faz Arquitetura na Unit e Luana que é campeã brasileira de natação. Muita gente acreditava, ou acredita, que descendente de cangaceiro viria a ser bandido; e não se tem nenhuma informação que algum descendente de pessoas que estiveram no cangaço tenham tido problema com a justiça. EXPEDITA AOS 21 DIAS Minha mãe, aos 21 dias de nascida, foi dada para ser criada por um casal, porque todas as crianças que nasciam no cangaço eram dadas, visto que não se tinha a menor condição de se ter crianças no bando. E foi assim que, até os oito anos de idade, minha mãe foi criada por Severo, que era vaqueiro, e sua esposa, Aurora. Depois ela foi para Propriá, para ser criada por João Ferreira, que foi o único irmão do meu avô que, por determinação dele, não entrou para o cangaço para tomar conta das irmãs e do irmão mais novo, que era Ezequiel. Aos dezesseis anos, minha mãe veio trabalhar em Aracaju e aos dezoito anos se casou. VERA AOS TREZE ANOS Aos treze anos de idade eu fui para São Paulo, junto com minha mãe, pela primeira vez, para um encontro de cangaceiros. Até então, eu não sabia nada da vida de meu avô, só sabia que éramos "raça de Lampião", e que as pessoas não gostavam disso. Nesse encontro, em São Paulo, organizado pela autora do livro "Táticas de Guerra de um Cangaceiro", Cristina da Mata Machado, que conheci Dadá, Balão, Criança, Sila, Zé Sereno, Labareda e outros; eu fiquei impressionada como tratavam com respeito minha mãe e eu. Era como se meu avô estivesse presente. Foi então que eu prometi, pra mim mesma, que iria pesquisar e cuidar da memória dos meus avós. DADÁ, MULHER DE CURISCO Era uma mulher fantástica! Foi quem me esclareceu muita coisa sobre meus avós e o cangaço, ela tinha uma memória fantástica e muito detalhista, além de contar realmente os fatos, sem fantasiar, porque hoje em dia, ainda existem cangaceiros que fantasiam. MULHER CINEGRAFISTA Aos dezenove anos, casei e fui morar em São Paulo. Separei, fui para Brasília e comecei a fotografar. Daí para câmera foi um pulo, fui a primeira mulher, no Brasil, a empunhar uma câmera. Trabalhei na Rede Globo, Manchete, Bandeirantes, TV Sergipe e depois em produções independentes. Tenho muito orgulho de ter sido a primeira jornalista cinegrafista. SAIAS, CALÇAS E SENADO Eu fui designada pela Globo para trabalhar como repórter cinegrafista no Senado e lá mulher só podia entrar de saia. E como eu, com uma câmera de quase dez quilos no ombro, tendo que subir em mesa, nos ombros do meu assistente, poderia usar uma saia? Muitas vezes peguei o paletó do meu assistente, outra vez tranquei uma fotógrafa enorme dentro do banheiro para pegar a saia dela e fazer as imagens que eu não podia perder, até que o Moacir Dala me liberou para entrar no Plenário de calça. MUSEU DO CANGAÇO... Em 88 foi comemorado os cinqüenta anos de morte de Lampião e Maria Bonita, além de outros cangaceiros que estavam no momento da tocaia no coito. Então resolvemos criar um museu que seria uma homenagem aos meus avós e ao cangaço em geral. Montamos ele onde fica o Centro de Turismo de Sergipe, e esse museu tinha tudo para dar certo, porque em agosto daquele ano, que não é um mês forte para o turismo, tivemos 3.327 visitantes, que é mais do que tiveram os três museus daqui em três anos. Recebemos a visita de jornalistas da Bélgica, da Romênia e de outros lugares do mundo... Pena que o museu só funcionou 4 meses, em novembro caiu uma chuva forte e choveu através do teto e perdemos muitas coisas. Perdemos documentos históricos, fotos, armas... O NOVO MUSEU! Nós temos propostas de alguns lugares para fazer o museu, Alagoas, Bahia, o Shopping Rio Mar... Aqui a Emsetur nos ofereceu um lugar na Orla, mas já nos tirou, inclusive o Arquiteto Eduardo Carlos Magno, que projetou a planta do museu, disse que se o museu não for na orla, quem sairá perdendo é a própria Orla e, claro, Sergipe... Enfim eu sei que eu vou montar esse museu não sei aonde, gostaria muito que fosse aqui, mas acredito que seja preciso que as pessoas que estão a frente do governo percebam o quanto é preciso valorizar os acontecimentos históricos da sua terra. ENQUANTO ISSO... Uma parte do acervo está no Memorial da UNIT que fica na Av. 13 de julho, e pode ser visitado... MAS NÃO DURA MUITO TEMPO! Nós queremos muito montar esse museu aqui, mas não vou ficar muito tempo esperando que políticos percebam o quanto isso seria importante para o nosso estado. A minha familia não ganha nada com isso, muito pelo contrário, perde, porque temos que botar do próprio bolso para viajar, pesquisar e manter essa passagem histórica do Brasil que foi o cangaço... paciência tem limite. AS QUATROS OPÇÕES DE LAMPIÃO! Ele poderia calar, virar jagunço de um coronel rico, volante (polícia) ou cangaceiro... ele optou pela última, mas só quando o pai foi morto, que era um homem muito pacato e que se mudou quatro vezes para não brigar e foi morto assim mesmo. MARIA BONITA! A revista Desfile Internacional colocou as cem mulheres do século, minha avó estava presente, um encarte da Folha de São Paulo colocou as maiores mulheres brasileiras, minha avó estava presente, saiu agora na revista Cláudia as mulheres mais importantes, minha avó estava presente. Então acho que só isso basta para dizer qual a importância dessa mulher como referencial para as mulheres brasileiras e do resto do mundo. DE VIRGOLINO A LAMPIÃO... Quem escreveu o livro foi eu e Antônio Amaury, que é o maior pesquisador sobre cangaço que existe atualmente, com um trabalho de cinquenta anos dedicado a esse tema. A Dana Corporation foi quem patrocinou o nosso livro juntamente com o Ministério da Cultura, Através da Fundação Augusto Franco. e o que me deixou muito feliz foi que, durante dois meses, ele foi o mais vendido na Livraria Escariz e a saída continua muito boa. Lançamos agora em Porto Alegre, e estaremos fazendo outros lançamentos durante o ano todo... O FILME? Nós já fomos procurados por alguns diretores para comprar os direitos de filmagem do " Virgolino a Lampião" e estamos estudando a melhor proposta, porque chega de filme mentiroso sobre o cangaço... o único trabalho que é um pouco fiel foi um Globo Repórter Especial que se chamou " O último dia de Lampião’’... LAMPIÃO, MENTIRAS E VERDADES... Eu e o Antônio Amaury já estamos trabalhando em outro livro que vai revelar as mentiras que se falam sobre o cangaço... existem coisas absurdas do tipo que meu avô só usava perfume francês e que só escrevia os bilhetes em máquina de escrever, imagina em pleno sertão fazendo bilhetes em máquina de escrever, a pessoa que escreve um négocio desse é um irresponsável.
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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Literatura Sobre Lampião e o Cangaço: Acervo Portal do Cangaço de Serrinha Bahia.

Livro Maria Bonita: Autor.  Doutor Amaury Corrêa de Araújo. Lançado Pela Assembléia Legislativa da Bahia. Esta Obra Foi Um Presente do Maravilhoso Casal de Amigos Incentivadores Culturais, Dona Célia Regina Braúna e o Seu Espôso o Médico Músico Doutor Augusto Agripino Braúna. Uma Doação Para o Portal do Cangaço de Serrinha Bahia. ( grato pela colaboração ) 

Literatura Sobre Lampião e o Cangaço: Acervo do Portal do Cangaço de Serrinha Bahia.

Livro Gente de Lampião "Dadá e Corisco. Autor.   Dr. Amaury Corrêa de Araujo. Obra Revista e Revisada e Reeditada Pela Assembléia Legislativa da Bahia: Uma Doação do Casal Icentivadores Culturais.   Dona Célia Regina Braúna e o Seu Estimado Espôso,  o Doutor  Augusto Agripino Braúna. O Médico Músico. Uma  Doação Para o Portal do Cangaço de Serrinha BA.( grato pela doação )

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Ilustre Visita no Estande do Gonzagão: Na Vila da Cultura de Paulo Afonso Bahia: A Minha Grande, Amiga Nely Conceição, Filha de Moreno e Durvinha. Últimos Pares do Cangaço.

Nely Maria da Conceição Nasceu em Augusto de Lima Minas Gerais.  No dia 2 de Setembro de 1950 é a Segunda dos 5 Filhos do Casal de Ex-Cangaceiros Moreno e Durvinha... Ilustre Visita no Estande do Gonzagão: Na Vila da Cultura de Paulo Afonso Bahia: A Minha Grande,  Amiga Nely Conceição, Filha de Moreno e Durvinha.  Últimos Pares do Cangaço.


domingo, 18 de dezembro de 2011

Literatura Sobre Lampião e o Cangaço: Acervo do Portal do Cangaço da Bahia.

Livro " Lampeão " Memórias de um Oficial.   Ex-Comandante de Forças Volantes: Autor Major Optato Gueiros Ano 1953: 
Transcrevo alguns trechos da obra literária do major Optato Gueiros em seu "Lampeão: Memórias de um Oficial ex-comandante de Forças Volantes, 2ª edição, Recife, 1953.
Livro apresenta todas as impressões do oficial que esteve no campo de batalha. Como toda obra faz observações interessantes, duvidosas, erroneas e pertinentes. Apesar de algumas barbeiragens e adjetivos curiosos a cada capítulo a obra é referencial em muitas outras. Optato traçou um perfil do rei do cangaço que inspirou muitos pesquisadores. Não tenho informação se há uma terceira edição e se esta foi editada.

Antiga: Fotografia da Familia Ferreira em Juazeiro do Norte Ceará. Lampião e Irmãos em 1920.

Antiga Fotografia da Familia de Lampião em Juazeiro do Norte no Ceará em 1920. Virgulino é o do Centro Usando Óculos, os  Que Estão de pé a Esquerda é Ezequiel e o do Meio é João Ferreira, o da Extrema Direita é Antonio Ferrreira as Quatros Moças São Irmãs dos Ferreiras.

Únicos Sobreviventes da Batalha da Fazenda Maranduba em Pedro Alexandre Bahia de Propiedade do Coronel João Maria de Carvalho. Situada Entre Cipó de Leite e Serra negra em 1932.

Os Dois Sobreviventes da Batalha da Fazenda Maranduba em Pedro Alexandre Bahia,  Fazenda de Propiedade do Coronel João Maria de Carvalho. Grande Aamigo e Coiteiro de Lampião e outros Cangaceiros. CEL.João Maria Tinha Um Exército de Jagunços em Suas Fazendas, na Bahia e Sergipe. Nesta Batalha Vitoriosa de Lampião e Seus Cabras, Só Restaram os Dois Macacos Acima, São Eles: Auréliano de Souza Nogueira e Seu Irmão Hercilio de Souza Nogueira, no Combate Tambem Morreu um Terceiro Irmão Dos Nogueiras Com Apenas 16 Anos de Idade. Pedro Alexandre Bahia 1932.  

sábado, 17 de dezembro de 2011

Rara Fotografia de Lampião e Seus Cabras: em Queimadas na Bahia, Logo Depois do Massacre a Vila de Santo Antonio Das Queimadas em 1929. A foto é em Frente a Delegacia de Queimadas.

Vê-se na Fotografia: 1-Lampião 2-Corisco 3- Marreco 4-Azulão 5-Luiz Pedro 6-Cravo Rôxo 7-Moita Braba  8-Português 9-Volta-Sêca. A Fotografia é em Frente a Antiga Delegacia de Queimadas Bahia em 22 de Dezembro de 1929. 

Rarissimas Fotografias do Jovem Virgulino Ferreira da Silva " Lampião" Bem Antes da Guerra do Cangaço. Ele Era Estudante,Almocrefe Vaqueiro e Bom Sânfoneiro.

Vê-se Duas Raras Fotografias do Rei do Cangaço, Virgulino Ferreira da Silva " Lampião " A  Primeira Foto o Jovem Virgulino Aparece com Vinte e Tres Anos de Idade. A Foto Foi Tirada na Casa de Sua Irmã Mais Velha, na Cidade de Juazeiro do Norte no Ceará em 1921.  A Fotografia Seguinte Foi Tirada Na Escola Soriano em Vila Bela Povoado de Serra Talhada Pernambuco em 1908. Virgulino Tinha Apenas Dez Anos de Idade. O Mesmo Nasceu a 11 de Agosto de 1898 Morreu a 28 de Julho de 1938.Antes do Cangaço Virgulino Era um Grande Artesão e Bom Sânfoneiro e um Ótimo Vaqueiro, Tropeiro e Almocrefe dos Bons.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Rarissimas e Históricas Fotografias: Da Ex-Cangaceira Dadá Mulher do Lugar Tenente de Lampião, Corisco. em Uma Palestra no Clube 08 de Maio de Riachão do Jacuipe na Bahia em 24 de Março 1993.

A Falecida Sérgia da Silva Chagas "Dadá" Espôsa do Tambem Falecido, Lugar Tenente de Lampião, Cristino Gomes da Silva Cleto "Corisco". Dadá   Faz  Palestra no Clube 08 de Maio de Riachão do Jacuipe Bahia. e Ficou Hospedada na Residencia do Irmão do Prefeito do Municipio,Walfredo Matos ( Walfredão)  Dadá Hospedou-se Com o Jornalista Evandro Matos. Estiveram Presentes os Seguintes Jornalistas e Escritores, Franklin Maxado,Cordelista de Feira de Santana, Poeta Adelidio Ramos, Hoje o Cantor Forrozeiro Del Feliz, Repentista José Rodrigues de Nova Fátima Bahia, Valter Silva Radialista da Rádio Sisal de Conceição do Coité Bahia, e Nelci Lima da Cruz,  Poeta Escritor e Pesquisador de Santa Luz Bahia.   A  Entrevista Aconteceu em 24 de Março de 1993. e as Fotografias Foram me Cedida Pelo Amigo Nelci Lima da Cruz. Apesar de Estarem Meio Gastas Pelo o Tempo Mais São Exclusivas.  Acima Vê-se o Jornalista Evandro Matos, a Cangaceira Dadá de Molêtas, e o Jovem Nelci, Mais Abaixo Vê-se Lêda Irmã de Nelci, Dadá e Nelci Lima, na Residencia de Evandro Matos em Riachão do Jacuipe Bahia. Mais Abaixo Uma Bela Foto do Cangaceiro Corisco "Diabo Loiro"